No último dia 21 de maio a Prefeitura Municipal de Guiricema, em parceria com a Secretaria de Saúde e NASF, promoveu o I Evento sobre a Luta Antimanicomial. O Dia da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio, busca resgatar a cidadania da pessoa com transtorno mental, destacando o seu direito à liberdade, o direito de viver em sociedade, além do direito de receber cuidado e tratamento sem que para isso tenha que abrir mão de seu espaço com cidadão.
O movimento começou a partir da iniciativa de trabalhadores, usuários e familiares há cerca de 30 anos. Suscitou a mudança de um modelo de atenção centrado no médico, na doença, exclusão e segregação, para um modelo de base territorial, centrado no sujeito. Esse novo modelo é composto por uma rede de serviços, dos quais o município de Guiricema tem total apoio do CAPS de Visconde do Rio Branco e outros municípios como Ubá e Ervália (CAPS Infantil), além de uma equipe de profissionais na cidade capacitados para atender tais demandas, através dos quais os pacientes podem ter acesso conforme as suas necessidades e a complexidade do seu caso ou situação.
O evento reforçou os cuidados que precisamos ter com os pacientes, para evitar a internação em hospitais psiquiátricos e permitir o exercício da cidadania e liberdade. E é muito relevante esse momento para mostrar o que se tem feito para esses pacientes aqui no município. Não isolamos a pessoa com sofrimento mental, mas ofertamos tratamentos humanizados a eles.
O movimento da Luta Antimanicomial consiste em um diálogo de conscientização com instituições legais e com cidadãos ao elaborar o discurso de que pessoas com transtorno mentais não representam ameaça ou risco ao circulo social. Ao contrário, o convívio social é um grande componente para a recuperação. Por outro lado é necessária uma reeducação no modo de compreender os transtornos mentais, não como um estigma, mas um modo alternativo de ver e estar no mundo. O respeito e a conscientização são armas necessárias para reformular o modo como os pacientes eram tratados até aquele momento, dentro e fora de instituições responsáveis pelo tratamento.
Este evento teve como intuito promover espaços de discussão e reflexões constantes no sentido de reduzir o preconceito contra a pessoa acometida por algum tipo de transtorno mental. Nesta data, afirma-se a importância de um tratamento em liberdade para pessoas com transtorno mental, sofrimento psíquico e problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
O evento teve o apoio e a brilhante apresentação do coral do CAPS de Visconde do Rio Branco, como também a apresentação da palestrante Nara Queiroz de Azevedo, que contou sobre a trajetória de luta para esse dia comemorativo de 18 de maio, a cidade de Bauru/SP se apresenta na vanguarda desse movimento. Tivemos ainda um momento riquíssimo de discussões sobre o tema em uma roda de conversa com a população, usuários e trabalhadores da área, com depoimentos de familiares de pacientes psiquiátricos, ou usuários de drogas, como também dos próprios usuários do serviço de saúde mental ofertado.
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